sábado, 31 de outubro de 2009

Ignácio Ramonet: queda nas vendas dos jornais em todo o mundo

Ignácio Ramonet, autor de inúmeros livros acerca da imprensa, apresentou mais um estudo sobre o seu assunto preferido. De acordo com ele, há uma queda nas vendas dos jornais impressos diários e isso vem ocorrendo em todo mundo.
Um dos principais motivos: mercantilização da notícia! De acordo com ele, na medida em que os jornais perdem a última lasca de imparcialidade, acabam jogando o seu "patrimônio" fora. Fica difícil comprar um jornal em que não se acredita. Além disso, a informação gratuita disseminada pela net ajuda também a derrubar ainda mais os defuntos periódicos.

Viva o Youtube!

Youtube, de fato, vale um bilhão de dolares, conforme o google pagou ao seus inventores.

Estava sem som e passei a noite escutando tudo o que podia.... Mercedes Sosa, Queen e o Requiem de Mozart... Consegui encontrar tudo o que procurei!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Economista explica porque os jovens não procuram se capacitar para um emprego melhor

Um economista disse no "Globo Reporter" que há espaco para o crescimento profissional dos jovens se eles fizeseem cursos de capacitação. Segundo ele, a capacitação melhora o ingresso das pessoas no mercado de trabalho. Porém, o econimista fez uma "pesquisa" e concluiu que os jovens não procuram os cursos por "desinteresse".
Eu fico me perguntando se as pessoas, de fato, não procuram melhorar de vida porque, simplesmente, não se "interessam". Penso que não adianta me perguntar, pois a idiotice está no raciocínio simplista e ignorante do "pesquisador".
Supor que as pessoas não querem crescer porque não se interessam, é o mesmo que dizer que a sociedade não apresenta nenhum constrangimento estrtural, o que impediria o acesso dos cidadãos a essa afortunada e salvadora capacitação profissional. Os indivíduos não tem família, trabalho e manutenção da vida social e material. Estão livres para fazer os cursos na hora em que decidirem. O problema se resume a pura "preguiça" dos sujeitos.
A coisa, cara pálida, não é bem por ai.

cutrale grilou terras dos "pés de laranjas"

A blogsfora está noticiando que a grande mídia negligenciou uma "pequena" informação sobre o caso do atropelamento dos 7.000 mil pés de laranja por parte do MST. Aquelas terras são da união. A empresa não é dona da terra aonde se encontravam as laranjeiras. Tudo fruto de grilagem de terra. Será que ainda é possível acreditar na imparcialidade da imprensa? Se fosse para escolher, acharia melhor acreditar em papai noel.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Rompimento político na administração municipal

Com inúmeras críticas endereçadas a administração municipal, O Dep. Federal neo-tucano Rogério Marinho sinaliza com o rompimento com a prefeitura de Natal da prefeita pelo PV Micarla de Sousa. O sonho de ser prefeito de Natal parece que está ecoando.

Venezuela no Mercosul

Apesar da resistência de parte dos partidos de oposição e até mesmo da base de sustentação e apoio do governo Lula, contrariando o relatório contrário do senador cearense Tasso Jereissati, a Comissão de Relações Exteriores do Senado acabou por aprovar a adesão da Venezuela ao bloco do Mercosul. Um importante e necessário avanço na integração regional da América Latina e mais uma dor de cabeças para política externa brasileira. Afinal, lidar com o temperamento do camarada Hugo Chaves nunca foi o forte dos nossos diplomatas do Itamaraty.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Psiquiatria encontra a explicação para o mau humor

Pronto! Um psiquiatra, profissional que tem como meta, assim como já bem demonstrou Machado de Assis, adoecer tudo e a todos, apresentou "a" explicação sobre o mau humor. Trata-se de uma doença, que pode ser resolvida com ansiolíticos.
Deve ser muito bom praticar a psiquiatria. Basta dizer que a pessoa, que apresenta qualquer tipo de sofrimento, está doente e, posteriormente, empurrar remédio no coitado.

O mundo é uma mercadoria

Marx é que estava certo. Segundo o eminente pensador, tudo, no capitalismo, tende a se tornar mercadoria. Neste movimento, este modo de produção abocanha praticamente todos os espaços espaços sociais. A matéria abaixo que recebi de um amigo parece comprovar a tese do filósofo e sociólogo alemão.
Death bonds: o investimento da morte
Bancos de Wall Street inventam um novo jeito de ganhar dinheiro: apostar na morte das pessoas.

por Marcos Ricardo dos Santos

Eles já apostaram em quase tudo. Depois de negociar em ações e petróleo, resolveram especular com financiamentos imobiliários – e quase quebraram a economia global. Agora os bancos de Wall Street inventaram um novo jeito de tentar ganhar dinheiro: apostar na morte das pessoas. Eles pretendem criar um novo tipo de investimento, que está sendo apelidado de death bond – "título da morte", em inglês – e basicamente consiste no seguinte. Os bancos compram os seguros de vida de idosos e revendem para investidores. Aí, quanto mais rápido os velhinhos morrerem, maior o ganho dos investidores.
Por incrível que pareça, já existem pelo menos 9 bancos, entre eles gigantes como Goldman Sachs e Credit Suisse, interessados na novidade. E os envolvidos dizem que isso não tem nada de mais. "Não há nada de imoral em oferecer uma oportunidade aos idosos que estejam precisando de dinheiro", afirma Will Menezes, gerente da Life Insurance Settlement Association (associação de empresas que negociam seguros de vida nos EUA). Mas o novo negócio tem detalhes de arrepiar. Com os avanços da medicina, no futuro os idosos poderão viver mais – o que faria os investidores perder dinheiro. Por isso, os bancos pretendem selecionar pessoas com as mais variadas doenças. Acredita-se que os death bonds possam atrair US$ 160 bilhões em investimentos. Mas o governo dos EUA, cuja negligência com os bancos de investimento ajudou a detonar a crise econômica mundial, jura que está de olho neles – e acaba de formar uma comissão especial que vai fiscalizar os títulos da morte.


Rendimento macabro
Quanto antes o velhinho morrer, melhor.

O IDOSO
Para conseguir dinheiro, um homem (ou mulher) de 60 anos vende seu seguro de vida ao banco, que paga 40% do valor total da apólice – neste exemplo, US$ 400 mil*.

O APOSTADOR
O banco compra milhares desses seguros e agrupa em títulos financeiros (bonds), que são revendidos a investidores do mercado financeiro.

A MORTE
Agora, existem 3 possibilidades.

MORTE NA IDADE ESPERADA
Vinte anos depois, o idoso morre. O valor total do seguro, US$ 1 milhão, vai para o investidor. Ele lucra US$ 600 mil, ou 130% do que havia aplicado. Isso dá 6,5% de ganho por ano.

MORTE PREMATURA
O idoso morre após 5 anos. O investidor recebe o US$ 1 milhão do seguro. Seu lucro foi de 130% em apenas 5 anos – equivalente a 26% por ano de investimento. Uhu!

MORTE TARDIA O idoso vive mais 30 anos. Os 130% de lucro, divididos por 30, dão apenas 4,33% de rendimento por ano – menos do que o investidor teria ganho aplicando em outra coisa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Expressão do desespero

Poxa, essa é a maior expressão do desespero da direita conservadora brasileira. Levantaram a bola para Fernando Henrique Cardoso e ele, um ateu convicto, deu a seguinte declaração!
"Jesus se aliar a Judas para fazer política soa como uma blasfêmia", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, após evento sobre pré-sal no instituto que leva seu nome. "Não foi isso que a gente aprendeu na escola, nas aulas de religião."

Diminuição da inadimplência dos cheques

Lembro-me do discurso em que os teóricos cavaleiros do apocalipse afirmaram enfaticamente que, se Lula continuasse a estimular o consumo, as famílias do Brasil aumentariam exponencialmente os seus gastos, o que geraria uma taxa de inadimplência nunca antes imaginada. Depois de um ano, felizmente, o mundo não acabou e a economia parece está se recuperando, o que permite preconizar um crescimento econômico de 5% por cento para o ano que vem.
Sim! Olha este texto veiculado pelo blog do PHA (www.paulohenriqueamorim.com.br), tratando da diminuição da inadimplência e do fato de que o Brasil não acabou!
A inadimplência com cheques no Brasil foi de 1,94% em setembro de 2009, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Foi o menor percentual desde outubro de 2008, mês em que os efeitos da crise internacional já começavam a serem sentidos no país. Vale lembrar que o cheque é considerado desprovido de fundos, a partir de sua segunda devolução.Já na variação de setembro de 2009 sobre setembro do ano anterior, a inadimplência com cheques cresceu 8,4%. A alta também foi observada na relação entre o acumulado de janeiro a setembro de 2009, perante igual período de 2008, com 13,8% de crescimento no número de cheques devolvidos.Na comparação de setembro com agosto último, por sua vez, o levantamento verificou uma queda de 1,0% na inadimplência com cheques. Segundo os analistas da Serasa Experian, este decréscimo relaciona-se, por um lado, com a recuperação do mercado de trabalho, melhorando as condições de renda e de emprego dos consumidores no bojo da retomada do consumo e da produção domésticos, e, pelo outro, pelo próprio processo de reequilíbrio do fluxo de caixa das empresas, após terem passado por vários meses de dificuldades operacionais, como também de acesso ao crédito, especialmente as micro e pequenas empresas.Para os meses seguintes, a expectativa dos técnicos é positiva: Tendo em vista que o crescimento econômico deve manter-se ao longo dos próximos meses, a tendência é de observarmos ligeiras reduções no percentual de devolução de cheques.Veja abaixo tabela completa com os números de cheques devolvidos e compensados, no período de janeiro a setembro de 2009 e 2008, em setembro de 2009 e 2008, e agosto de 2009.

Censura ao blog do Ailton

Ailton Medeiros, jornalista que alimenta um dos blogs mais visitados de NAtal, faz uma denúncia grave. Segundo ele, o acesso ao seu blog (www.ailtonmedeiros.com.br) foi censurado pela prefeitura do Natal. Os computadores da prefeitura estão bloqueados de ingressar no blog do Ailton. A crítica consistente que ele faz da nossa terrinha deve, de fato, incomodar muita gente mesmo. É importante lembrar, no entanto, que nossa prefeita é jornalista e não pode compactuar com uma atitude como esta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O engodo da quebra dos municípios

Ao voltar para casa, ouvi um debate entre o deputado estudual Fernando Mineiro (PT), o prefeito de Lajes e presidente da federação dos municípios do RN Benes Leocadio e o Prefeito de Tangará.
Fernando Mineiro, com sua inteligência, trucidou os debatedores e demonstrou que o discurso que os municípios do RN estão quebrando tem muito de fantasioso. Citando o exemplo do município de Lajes, Mineiro apontou um quadro bem menos assustador do que o pintado pelos prefeitos da cidade do interior. De acordo com ele, Lajes recebeu, em 2008, cerca de 3 milhões de reais, valor semelhante que receberá em 2009.
Nenhum município do RN, disse ele, receberá FPM (Fundo de Participação dos Municípios) em 2009 inferior ao recebido em 2008. Ele ainda afirmou que até 2007, o FPM apresentou uma duplicação do repasse de recursos a alguns municípios. Ou seja, de 2006 para 2007 há uma duplicação dos recursos, o que também aumentou em 2008 e se manteve em 2009. Mineiro questionou - como é que vocês podem reclamar se há um crescimento constante dos recursos? Como é que vocês estão administrando este dinheiro? Fica complicado só falar em aumento do repasse se sequer a grande maioria das prefeituras do RN publicam com o que estão gastando, disse Mineiro.
O prefeito de Lajes ficou todo errado, como a gente diz comumente. Tanto o prefeito de Lajes como o prefeito de Tangará disseram que o que o Dep Mineiro dizia era a mais pura verdade.
O jornalista que, nitidamente insistia na veracidade da quebra e do aperto dos municípios, resolveu então mudar de assunto.

Aprendendo a ler as pesquisas eleitorais

Li no site do jornalista Luis Nassif (http://www.luisnassif.com.br/), que o PSDB publicou uma pesquisa em que aponta José Serra com 41% das intenções de voto e Dilma com 17% do eleitorado. O detalhe é que os respectivos candidatos a vice-presidência também foram mencionados. José Serra aparece ao lado de Aécio Neves e Dilma Roussef atrelada a Michel Temer. O artificial crescimento de Serra, se comparado a última pesquisa do IBOPE em que ele aparece com 35% das intenções de voto, pode ser creditado a esta "artimanha".
Como as sondagens, em muitos momentos, jogam uma nuvem obscurecedora no ar, escrevo o texto abaixo, tentando apontar algumas questões relevantes para a adequada leitura das pesquisas eleitorais.
Penso que há muita ingenuidade na leitura das pesquisas de opinião. É preciso constatar que a publicação de uma pesquisa eleitoral diz respeito a uma estratégia política. É impossível exigir o contrário quando os candidatos estão em disputa. Ninguém, em sã consciência, vai gastar para fazer circular uma pesquisa que o prejudique.
Lembre-se, por exemplo, da eleição do Collor. Em 1989, na medida em que ele crescia nas pesquisas, os seus estrategistas enchiam o Brasil com os novos patamares alcançados. Lembro-me ainda que criaram, na época, até um bordão – “quando Collor cai, a pesquisa do IBOPE nao sai”.Se a pesquisa eleitoral, portanto, pode ser equacionada como uma ferramenta estratégica de disputa, a tendência é que sua publicação seja seletiva.
O encomendador da pesquisa só veicula aquilo que lhe convêm. Isto não significar dizer, necessariamente, que as perguntas são enviesadas. O que acontece é que, numa pesquisa eleitoral, as mais variadas simulações são enquadradas no questionário. As que se mostrarem mais positivas serão tornadas públicas. Caso isso não aconteça, nada sairá.
Por isso que o público precisa aprender a ler e a constatar a possível validade destas sondagens.Gostaria de apresentar três meios de análise das pesquisas:
01) Analisar se a amostra respeita a proporcionalidade do universo populacional investigado. Uma das artimanhas comuns é super-dimensionar, por exemplo, a quantidade de entrevistados nas classes, nas faixas etárias ou no nível de escolaridade aonde o candidato tem maior aceitação. Com isso, ele apresenta um crescimento artificial;
02) Compreender como as perguntas e suas simulações decorrentes foram construídas. A pergunta com os vices apresentados, tal como ocorreu com Aecio, como vice de Serra; e Temer, como Vice de Dilma, é uma simulação natural. O viÊs não está nesta comparação, mas sim no ocultamento das outras questões que, com certeza, foram feitas, mas não foram publicadas. Mais uma vez, é preciso perceber que a veiculação da pesquisa é uma questão estratégica. Temos que ficar atentos ao que foi veiculado e ao que, provavelmente, foi “esquecido”;
03) O leitor da pesquisa deve identificar quem foi a pessoa ou órgão que encomendou a pesquisa e quais são os seus interesses na veiculação da sondagem.
Acredito que analisando estes três aspectos é possível refletir adequadamente sobre a validade ou não da pesquisa.
PS. Lendo os últimos dados desta pesquisa do IBOPE, acredito que Serra deve ter apresentado uma queda, já que o índice de intenção de voto entre ele e Dilma não foi veiculado. Tenho certeza que a pergunta foi feita. O fato é que ela não foi veiculada. A pesquisa, neste sentido, tem três objetivos claros - 01) Fortalecer Serra diante de Aécio; 02) Demonstrar a validade de uma chapa puro sangue PSDBista; e 03) atacar a ala do Democratas que almeja condicionar a aliança com o PSDB ao fato de indicar o candidato a vice-presidência. Rodrigo Maia e Agripino atuam nos bastidores para conseguirem indicar um Vice do Dem.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

De Marco Aurélio para Gilmar Mendes

Marco Aurélio Garcia, um dos principais assessores de Lula, respondeu as críticas de Gilmar Mendes. Segundo o presidente do Supremo, a visita de Lula a obra de transposição das águas do Rio São Francisco representa uma medida eleitoreira, o que feriria a legislação vigente, que impede a propaganda eleitoral antes do período previsto. Para o Marco Aurélio Garcia, Gilmar Mendes deveria se limitar a falar nos autos dos seus processos, ao invés de se meter nas questões que não lhe dizem respeito.
Antes dele, é importante não nos esquecermos, o ministro do Supremo Tribunal Federal - Joaquim Barbosa - também tinha falado coisa parecida. Gilmar, além de não respeitar a relação entre os poderes, parece, ele sim, estar bastante preocupado com as eleições do ano que vem.

Nordeste: a nova locomotiva do Brasil

De acordo com o ministro da integração nacional Geddel Vieira Lima, há a possibilidade do nordeste se transformar na nova locomotiva do Brasil. Isto porque, além de crescer a um índice maior do que a perspectiva nacional, o nordeste vem recebendo inúmeras obras de infra-estrutura, tendo como carro-chefe a transposição do Rio São Francisco, que já começa a ser uma realidade. O PIB nordestino já cresce mais do que a tendência nacional. São Paulo que se cuide...

PT E PMDB: Um casamento anunciado?

De acordo com os pmdbistas Henrique Alves, já de olho na presidência da câmara, e Michel Temer, sonhando com a vice-presidência do Brasil, a oficialização do casamento entre o PT e o PMDB parece algo "quase" resolvido. A questão é saber até que ponto Orestes Quercia (SP), Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e outras lideranças regionais do PMDB podem melar este processo.

Demissão de Thaisa Galvão do JH

Thaisa Galvão, para quem não conhece, era a editora-chefe do jornal de hoje. A imprensa natalense repercutiu a sua demissão, ocorrida esta semana, lamentando o acontecido. Mesmo com todas as "xurumelas" de muitos blogueiros, o fato é que ela fez por "merecer".
A jornalista vinha se servindo do jornal para alimentar o seu blog e o seu bolso. Na liderança desta editora, O JH só viu sua tiragem diminuir vertiginosamente. A perda da credibilidade era notória. O JH, lembrem-se, foi aquele que atuou de maneira ridícula durante as eleições municipais de 2008, chegando a encartar em suas páginas, um dia antes da eleição, "santinhos" da, agora, prefeita Micarla. Além disso, ela era "afeiçoada" aos círculos de poder local e estadual. Seu blog tem a façanha de ter patrocínio da prefeitura, câmara manicipal e governo do estado. Como desempenhar o jornalismo político em um ambiente destes? É possível tecer uma crítica a governadora depois de ter recebido o contra-cheque do "patrocínio"?
A questão é que não dá para ficar demonizando a jornalista. O modo como ela atuava não diz respeito a um modus operandi isolado, mas constitui-se como o modelo profissional seguido pelos jornalistas locais.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A miséria de ler jornais no RN

Escrevi o texto abaixo no ano passado e o publiquei no Jornal de Hoje. Acredito que ele ainda continua atual.

A MISÉRIA DE LER JORNAIS NO RN


Às vezes me pergunto porque invisto parte do meu tempo diário, lendo os jornais locais. Talvez porque acredite, seguindo as pegadas do grande filosofo alemão Friedrich Nietzsche, que informação e conhecimento representam poder. Porém, o grande problema é que, para os jornais locais, salvo raríssimas exceções, informação parece não ser mais uma coisa muito relevante, se é que já foi um dia. Acredito que a análise de alguns cadernos tradicionais publicados pelos periódicos de nosso estado dará força aos meus argumentos.
O jornalismo político no RN, por exemplo, é uma negação. O que há é um "novelismo chinfrim", já que os personagens da política são pensados como atores de uma típica novela brasileira. Os jornalistas, ao mesmo tempo em que falam das supostas “articulações”, fazem de suas colunas um autêntico espaço de fofocas e de notícias plantadas, viabilizando interesses de terceiros e reforçando positivamente a imagem de seus comandantes. A verossimilhança das colunas políticas com a imagem de duas velhinhas conversando sobre a vida alheia não é mera coincidência. Coisa ridícula.
No entanto, o caderno cultural consegue, por incrível que pareça, se superar. A movimentação artístico-cultural de nossa cidade perde total espaço, já que é mais relevante mostrar fotos das festas “chiques” e de pessoas “representativas” de nossa “sociedade”. Os cadernos culturais poderiam se chamar, seguindo a moda dos sites que cobrem as festas da cidade, de www.opovinhosemgraca.com.br.
As páginas policiais, não deixando a péssima qualidade jornalística desaparecer, desempenham justamente as ações que não deveriam exercer. Assustam a população com matérias sensacionalistas, gerando um sentimento de pânico compartilhado. Muito sangue e pouca discussão.
Não podemos esquecer ainda do vazio caderno de economia e do ininteligível espaço destinado a discussão da “cidade”. Enquanto o primeiro é um arremedo do prestigiado Valor Econômico, o último é um conjunto de retalhos de informações desencontradas e sem um norte estabelecido.
Envio este desabafo, pois acredito, não sei se por ingenuidade ou por qualquer outra coisa, que o jornal deixará de publicar os “artigos” de alguns pseudo-escritores e de outros rapino-pensadores, para prestigiar a minha crítica, pois de tal modo, pelo menos uma vez, o meu tempo investido diariamente na leitura dos jornais locais ganhará sentido.

A Política e o efeito de curto-circuito da opnião pública pré-formada

Conforme entrevista publicada ontem no Portal Terra Magazine e repercutida na blogsfera, o deputado federal Rodrigo Maia – presidente nacional do DEM – parece está bastante preocupado com as dificuldades existentes em deslanchar a candidatura Serra ao Planalto. E já começa a cogitar o nome do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como o plano B da oposição na corrida presidencial de 2010. José Serra, certamente, deve está passando pelo seu inferno astral: O DEM de SP se estranhando com o PSDB paulista, particularmente, entre o grupo de Kassab e o de Alckmin; a incapacidade da oposição de produzir algum fato político sério suficiente para desestabilizar o governo Lula; o anuncio projetivo de que o país deve crescer a uma taxa superior de 4% no próximo ano; e agora, essa entrevista externando a insatisfação do DEM em relação aos rumos da candidatura presidencial de Serra. Para quem tinha dado como certa a vitória de José Serra em 2010, a cerca de 4 meses atrás, parece que agora deve está repensando seriamente suas previsões. Seria o caso do IBOPE de Carlos Montenegro?

sábado, 17 de outubro de 2009

Entrevista concedida para uma revista religiosa

Pessoal,

Vê se pode... Uma amiga me disse que tinha uma revista, querendo um sociólogo para comentar a possibilidade de surgir uma lei favorável a criminalização do preconceito contra os homossexuais. Ela me indicou para a jornalista, que prontamente entrou em contato comigo. A Entrevista foi concedida.
Passaram-se uns meses e perguntei a minha amiga, que havia estabelecido o nosso contato, se a entrevista havia sido publicada....
Resultado - ela me disse que a entrevista não foi veiculada, pois minhas respostas tinham sido muito liberais e o que a jornalista queria era alguem que dissesse que o projeto é errado e se apresenta como um atraso para a sociedade brasileira.

Finalmente! Lina achou a agenda!

Marx, no seu livro 18 de brumário, nos ensinou que o fato histórico sempre se repete... a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Pronto, a primeira vez da Lina todos já conhecem... A segunda - a farsa - veio agora... Ela alega, finalmente, ter achado a agenda e que, agora sim, sabe qual foi o dia do encontro... Tudo com a "brilhante" cobertura da "veja".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

As desinteressantes conversas com PTistas

Está se tornando cada vez mais chato conversar com alguns PTistas. Depois que o PT virou governo e, merecidamente, vem recebendo elogios por sua boa gestão, não é mais permitido criticar qualquer ato deles. Por mais ancorada nos fatos que esteja, uma crítica a conduta governista é logo enquadrada como uma análise "conservadora", que não atenta para as conquistas da gestão Lula e que, no fundo, está alicerçada no desejo de ver um tucano no poder.
Ora, o pensamento racional e reflexivo não admite dividir espaço com tal tipo de maniqueísmo. A divisão da política entre bandidos e mocinhos pode divertir. Serve também para dar fama a determinados blogs, que se apresentam como a última trincheira (pseudo)analítica do mundo. Porém, não possibilita compreender a multiplicidade dos interesses em jogo, as consequências intencionais e não intencionais das ações, e, em última instância, as multiplas determinações da esfera política. A política, pelo próprio nome que a define, não é monolítica.
Parece que, ultimamente, tem muita gente tem esquecido disto. Estão esquecendo que a oposição tem mais é que criticar, contestar e utilizar de todas as estratégias cabíveis para desacreditar um projeto de Brasil, como o PT apresenta. Assim como o PT atacou frontalmente o projeto de Brasil imaginado pelo FHC, nada mais justo que os tucanos procedam deste modo também.
O PT está fazendo um governo ímpar, atingindo patamares incríveis de conquistas sociais e econômicas. Entretanto, a oposição, numa democracia, não deixou de ser oposição. E cabe ao governo se articular no sentido de conviver democraticamente com ela.
É válido ressaltar também que o baixo nível da mídia dominante no sentido de cobrir as conquistas do governo Lula está criando a sua antítese. Novas mídias, preocupadas demais em "defender" a base liderada pela estrela vermelha e a ocupar o espaço aberto pelo modelo esgotado de difusão de notícias, estão criando uma apresentação igualmente ralé da informação, caracterizando toda a qualquer pessoa que faça um comentário negativo para com as estratégias governistas como alguem com interesses conservadores, um ser ingênuo e/ou alienado.
Penso que as coisas não funcionam assim. Porém, não me impressionarei se um dia entrar na casa de algum amigo do coração vermelho e encontre uma imagem do Lula pregada na parede e ele ajoelhado rezando por um futuro melhor.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Desmembramentos políticos de 2010

Os jornais locais passaram meses especulando sobre um fato - desculpe a repetição - já consolidado há meses. Perguntavam-se sobre a possível candidatura de Iberê, Robinson ou João Maia. Iberê é o candidato do governo. Obviamente! Ou alguem gozando das plenas faculdades mentais, realmente, acredtaria que um pré-candidato, que estará com a caneta na mão na época da eleição, abriria mão de participar do pleito em favor de outrem? Não há espaço para amizade e para a cordialidade na política. Max Weber, grande pensador alemão, certa vez disse: quem quer salvar a alma que procure uma igreja. Não dá para imaginar o espaço político como o espaço da lealdade, da cortezia e do respeito aos acordos firmados. Os acordos foram feitos para serem administrados até o momento em que se torna necessário quebrá-los. Isto acontece, principalmente, na política.
Porém, os jornalistas anunciaram a provável candidatura de Iberê como se estivessem descoberto a vida em outro planeta.
A questão é que Robinson sempre soube disso. A sua intenção é e sempre foi a de ter a possibilidade de rompimento como perspectiva, caso assim desejasse. Porém, ficaria feio sair, caso assim ele viesse, de fato, proceder, sem uma justificativa clara e objetiva. Além disso, a idéia da "indefinição" permitia ao presidente da assembléia permanecer no governo sem maiores problemas. Esperou até o último momento para poder, com isso, receber a justificativa plausível para romper. Pronto! Agora agirá, seguindo a racionalidade política que o contexto eleitoral exige. Olhará para as pesquisas, fará uso do seu feeling e, a partir disto, escolherá um lado sem maiores dificuldades. Pode perfeitamente se conformar no grupo do governo ou se aproximar de rosalba, alegando perseguição do grupo que integra.
Só espero que agora a análise política não se resuma a conversas, idas e vindas de possíveis candidatos. A política, os jornalistas precisam entender, não pode ser resumida a isto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Emocionante depoimento de Lula

O depoimento de Lula sobre a escolha do Brasil para sediar as olimpíadas foi um dos discursos mais humanos que já vi. Independentemente da maneira como você enxerga o mundo, é interessante assistir. O vídeo foi publicado no Blog do planalto. Segue abaixo um link aonde se pode ter acesso a gravação. O link foi retirado do blog do jornalista Paulo Henrique Amorim.

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=19588&cpage=4#comment-210195

O tiro no pé do MST

O Movimento dos Sem Terra - o MST - é um movimento social legítimo, que luta pela justa causa da reforma agrária. No entanto, destruir pés de laranja em cadeia nacional representa um verdadeiro tiro no pé. Faz-se necessário fazer uma auto-crítica quanto as estratégias políticas desenvolvidas. Caso contrário, este movimento continuará a atuar de maneira, apenas, a dar munição para que os seus opositores construam o seu caixão e enterrem o movimento.