A MISÉRIA DE LER JORNAIS NO RN
Às vezes me pergunto porque invisto parte do meu tempo diário, lendo os jornais locais. Talvez porque acredite, seguindo as pegadas do grande filosofo alemão Friedrich Nietzsche, que informação e conhecimento representam poder. Porém, o grande problema é que, para os jornais locais, salvo raríssimas exceções, informação parece não ser mais uma coisa muito relevante, se é que já foi um dia. Acredito que a análise de alguns cadernos tradicionais publicados pelos periódicos de nosso estado dará força aos meus argumentos.
O jornalismo político no RN, por exemplo, é uma negação. O que há é um "novelismo chinfrim", já que os personagens da política são pensados como atores de uma típica novela brasileira. Os jornalistas, ao mesmo tempo em que falam das supostas “articulações”, fazem de suas colunas um autêntico espaço de fofocas e de notícias plantadas, viabilizando interesses de terceiros e reforçando positivamente a imagem de seus comandantes. A verossimilhança das colunas políticas com a imagem de duas velhinhas conversando sobre a vida alheia não é mera coincidência. Coisa ridícula.
No entanto, o caderno cultural consegue, por incrível que pareça, se superar. A movimentação artístico-cultural de nossa cidade perde total espaço, já que é mais relevante mostrar fotos das festas “chiques” e de pessoas “representativas” de nossa “sociedade”. Os cadernos culturais poderiam se chamar, seguindo a moda dos sites que cobrem as festas da cidade, de www.opovinhosemgraca.com.br.
As páginas policiais, não deixando a péssima qualidade jornalística desaparecer, desempenham justamente as ações que não deveriam exercer. Assustam a população com matérias sensacionalistas, gerando um sentimento de pânico compartilhado. Muito sangue e pouca discussão.
Não podemos esquecer ainda do vazio caderno de economia e do ininteligível espaço destinado a discussão da “cidade”. Enquanto o primeiro é um arremedo do prestigiado Valor Econômico, o último é um conjunto de retalhos de informações desencontradas e sem um norte estabelecido.
Envio este desabafo, pois acredito, não sei se por ingenuidade ou por qualquer outra coisa, que o jornal deixará de publicar os “artigos” de alguns pseudo-escritores e de outros rapino-pensadores, para prestigiar a minha crítica, pois de tal modo, pelo menos uma vez, o meu tempo investido diariamente na leitura dos jornais locais ganhará sentido.
Às vezes me pergunto porque invisto parte do meu tempo diário, lendo os jornais locais. Talvez porque acredite, seguindo as pegadas do grande filosofo alemão Friedrich Nietzsche, que informação e conhecimento representam poder. Porém, o grande problema é que, para os jornais locais, salvo raríssimas exceções, informação parece não ser mais uma coisa muito relevante, se é que já foi um dia. Acredito que a análise de alguns cadernos tradicionais publicados pelos periódicos de nosso estado dará força aos meus argumentos.
O jornalismo político no RN, por exemplo, é uma negação. O que há é um "novelismo chinfrim", já que os personagens da política são pensados como atores de uma típica novela brasileira. Os jornalistas, ao mesmo tempo em que falam das supostas “articulações”, fazem de suas colunas um autêntico espaço de fofocas e de notícias plantadas, viabilizando interesses de terceiros e reforçando positivamente a imagem de seus comandantes. A verossimilhança das colunas políticas com a imagem de duas velhinhas conversando sobre a vida alheia não é mera coincidência. Coisa ridícula.
No entanto, o caderno cultural consegue, por incrível que pareça, se superar. A movimentação artístico-cultural de nossa cidade perde total espaço, já que é mais relevante mostrar fotos das festas “chiques” e de pessoas “representativas” de nossa “sociedade”. Os cadernos culturais poderiam se chamar, seguindo a moda dos sites que cobrem as festas da cidade, de www.opovinhosemgraca.com.br.
As páginas policiais, não deixando a péssima qualidade jornalística desaparecer, desempenham justamente as ações que não deveriam exercer. Assustam a população com matérias sensacionalistas, gerando um sentimento de pânico compartilhado. Muito sangue e pouca discussão.
Não podemos esquecer ainda do vazio caderno de economia e do ininteligível espaço destinado a discussão da “cidade”. Enquanto o primeiro é um arremedo do prestigiado Valor Econômico, o último é um conjunto de retalhos de informações desencontradas e sem um norte estabelecido.
Envio este desabafo, pois acredito, não sei se por ingenuidade ou por qualquer outra coisa, que o jornal deixará de publicar os “artigos” de alguns pseudo-escritores e de outros rapino-pensadores, para prestigiar a minha crítica, pois de tal modo, pelo menos uma vez, o meu tempo investido diariamente na leitura dos jornais locais ganhará sentido.
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