O vereador natalense Paulo Vagner protagonizou um dos fatos mais inusitados desta semana, mas que expressou o modo como a classe média é preconceituosa com a ralé. Sem saber que a mensagem do twitter enviada a uma namorada seria vista por toda e qualquer pessoa que o acompanhasse neste tipo de canal, ele disse que "iria enterrar um jornalista em Mossoró que havia virado purpurina".
O publicitário Ricardo Rosado, vendo aquilo, logo postou no blog dele. Resultado, o Paulo Vagner, irado, só não o chamou de feio.
Os jornalistas cairam de pau no gordinho da Tv Ponta Negra. Não perderam tempo também em demonstrar, segundo eles, como o vereador é uma "vergonha", com o jeito dele de ser, para a política natalense.
Dizer que ele errou no caso do twiter, tudo bem. Agora, o modo como os jornalistas, pessoas com um pensamento típico de classe média, vem tratando o Paulo Vagner é bastante questionável. O PV não é um santo. Isto é fato. Tudo o que ele faz tem muito de performático.
O problema é que fica cada vez mais evidente para mim que a "crítica" dos jornalistas se centraliza muito mais para a falta de "traquejo" do Paulo Vagner do que qualquer outra coisa. Afinal, um político deve saber "falar e se expressar".
A "crítica" direcionada ao Paulo Vagner é, ao meu ver, muito mais uma "denuncia" a condição de classe do vereador. Eles não aguentam ver alguem da ralé, atuando na política.
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