O programa de pós-graduação de Ciências Sociais acaba de completar 30 anos. Apesar do longo tempo de atuação, a Pós de Ciências Sociais, dado o estado em que se encontra, tem muito pouco a comemorar.
A “Pós” foi completamente envolvida por forças estranhas, que, nem de longe, apresentam qualquer tipo de verossimilhança com a construção do conhecimento crítico e reflexivo. Sinceramente, não sei se isso sempre foi uma constante. Porém, aquele espaço configurou-se como um dos abrigos privilegiados para defensores da teologia da libertação, das virtudes do senso-comum e de atavismos políticos.
A separação entre fato e valor, conseqüentemente, entre ciência e política não pode ser vista por aquelas bandas. As palestras foram contaminadas por discussões enfadonhas acerca do neoliberalismo contido no governo Lula, pela grandiosidade do conhecimento daqueles que, por suas próprias condições sociais, vivem na maior ignorância e por medidas a serem tomadas com o intuito de salvar o mundo dos mais variados malfeitores. Muito maniqueísmo e pouca discussão séria. Padres, xamanistas e até macaco que, segundo alguns professores, consegue passar e-mail são chamados para apresentarem, digamos, uma visão “diferenciada” das ciências sociais.
Um fato específico ocorrido hoje é a maior expressão da inversão de valores que atravessa a principal agência fomentadora da produção sociológica no Rio Grande do Norte. Enquanto autores pouco representativos do mundo sociológico, e, alguns casos, até mesmo da forma de pensar cientifica, conheceram o estrelato aqui em Natal, criando inúmeras bases de pesquisa e obtendo uma venda significativa de suas idéias, Bernard Lahire, um dos principais renovadores contemporâneos da sociologia no mundo, deu uma interessante palestra para meia dúzia de gatos pingados.
O que era para ser uma exceção fruto da excentricidade de algum professor que não segue os trâmites do campo acadêmico, virou regra. O obscurantismo se fez presente. O ufanismo dos fins das fronteiras entre a ciência e o conhecimento pseudo-reflexivo tornou-se sinônimo de “liberdade de pensamento”. A pós é vigorosamente assombrada pelos demônios. O mais triste de tudo é ver que, aqueles que poderiam acender uma vela na escuridão, preferem, por questões políticas, não se meter no assunto.
A “Pós” foi completamente envolvida por forças estranhas, que, nem de longe, apresentam qualquer tipo de verossimilhança com a construção do conhecimento crítico e reflexivo. Sinceramente, não sei se isso sempre foi uma constante. Porém, aquele espaço configurou-se como um dos abrigos privilegiados para defensores da teologia da libertação, das virtudes do senso-comum e de atavismos políticos.
A separação entre fato e valor, conseqüentemente, entre ciência e política não pode ser vista por aquelas bandas. As palestras foram contaminadas por discussões enfadonhas acerca do neoliberalismo contido no governo Lula, pela grandiosidade do conhecimento daqueles que, por suas próprias condições sociais, vivem na maior ignorância e por medidas a serem tomadas com o intuito de salvar o mundo dos mais variados malfeitores. Muito maniqueísmo e pouca discussão séria. Padres, xamanistas e até macaco que, segundo alguns professores, consegue passar e-mail são chamados para apresentarem, digamos, uma visão “diferenciada” das ciências sociais.
Um fato específico ocorrido hoje é a maior expressão da inversão de valores que atravessa a principal agência fomentadora da produção sociológica no Rio Grande do Norte. Enquanto autores pouco representativos do mundo sociológico, e, alguns casos, até mesmo da forma de pensar cientifica, conheceram o estrelato aqui em Natal, criando inúmeras bases de pesquisa e obtendo uma venda significativa de suas idéias, Bernard Lahire, um dos principais renovadores contemporâneos da sociologia no mundo, deu uma interessante palestra para meia dúzia de gatos pingados.
O que era para ser uma exceção fruto da excentricidade de algum professor que não segue os trâmites do campo acadêmico, virou regra. O obscurantismo se fez presente. O ufanismo dos fins das fronteiras entre a ciência e o conhecimento pseudo-reflexivo tornou-se sinônimo de “liberdade de pensamento”. A pós é vigorosamente assombrada pelos demônios. O mais triste de tudo é ver que, aqueles que poderiam acender uma vela na escuridão, preferem, por questões políticas, não se meter no assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário