Não resumo a política às estratégias eleitorais. Deixo isto para alguns jornalistas. A política só não é “mono”lítica, se pautarmos o raciocínio pela boa teoria analítica, porque é síntese de múltiplas determinações. No entanto, se eu quiser ser honesto com os ensinamentos do italiano Nicolau Maquiavel, grande criador da ciência política moderna, seria interessante reconhecer - poucas candidatas apresentaram, antes de uma eleição, uma condição tão favorável para a batalha pela conquista do voto dos cidadãos norte-riograndenses como a senadora Rosalba Ciarlini.
Isto porque não é fácil reunir, de uma só vez, uma avaliação favorável, baixíssima rejeição, e, ainda de quebra, encontrar um cenário propício para a mudança das famílias que comumente figuram entre aquelas que preenchem os principais cargos do estado.
No entanto, a possibilidade de atingir o poder, como diria Platão, pode embriagar o postulante, gerando um certo tipo de “pretensão”, fazendo ruir o castelo de cartas que foi, aparentemente, meticulosamente construído.
Mesmo que o austríaco Joseph Schumpeter acredite que o aumento das elites políticas represente um alargamento democrático no âmbito do estado contemporâneo e que os cidadãos natalenses clamem, claramente, acho que por puro cansaço dos grupos políticos atualmente dominantes, por mudança, não é fácil cantar vitória muito antes do tempo.
Olho para a candidata representante da linda cidade de Mossoró e lembro-me da eleição para governador em 2006, quando, Garibaldi Alves, com uma eleição praticamente ganha, conseguiu, mesmo com toda sua experiência política, perder para Vilma de Faria. Talvez esta relação mental seja estabelecida porque, naquele momento, “o” principal candidato ao mais cobiçado posto público do RN, deitou, como a gente costuma dizer, “sobre o resultado”. A vitória era, apenas, uma “questão de tempo” – bastava só apertar algumas mãos, sorrir em alguns momentos, viajar para alguns municípios e correr para o abraço. A conquista, conseqüentemente, estaria garantida.
Enquanto o candidato comemorava o seu retorno ao governo, o ensaio sobre a cegueira estava sendo escrito. Vilma de Faria, com a sua astúcia característica, tinha lançado as suas bases sociais silenciosas. E, na medida em que conseguiu adiar a derrota da cor vermelha no primeiro turno, possibilitou, naquele momento, impor o primeiro desastre eleitoral para um candidato que se orgulhava por nunca ter perdido um pleito.
Acho pouco provável que a candidata do partido dos democratas caia em tal armadilha. E se a perspectiva delineada para a eleição governamental traçada momentaneamente não se alterar, Rosalba Ciarlini, ao sentar na cadeira de governadora do RN, deverá também agradecer a estratégia estapafúrdia capitaneada pela deputada Fátima Bezerra, que, em 2008, conseguiu enfraquecer, enormemente, o grupo político do qual faz parte, ao impor, autoritariamente, sua candidatura à prefeita do município de Natal.
No entanto, como as pesquisas, se não forem bem analisadas, costumam muito mais cegar do que ensinar o verdadeiro caminho, faz-se necessário bastante cuidado para não trocar uma vitória, que se apresenta como uma questão tempo, por mais um desastre estratégico anunciado.
Isto porque não é fácil reunir, de uma só vez, uma avaliação favorável, baixíssima rejeição, e, ainda de quebra, encontrar um cenário propício para a mudança das famílias que comumente figuram entre aquelas que preenchem os principais cargos do estado.
No entanto, a possibilidade de atingir o poder, como diria Platão, pode embriagar o postulante, gerando um certo tipo de “pretensão”, fazendo ruir o castelo de cartas que foi, aparentemente, meticulosamente construído.
Mesmo que o austríaco Joseph Schumpeter acredite que o aumento das elites políticas represente um alargamento democrático no âmbito do estado contemporâneo e que os cidadãos natalenses clamem, claramente, acho que por puro cansaço dos grupos políticos atualmente dominantes, por mudança, não é fácil cantar vitória muito antes do tempo.
Olho para a candidata representante da linda cidade de Mossoró e lembro-me da eleição para governador em 2006, quando, Garibaldi Alves, com uma eleição praticamente ganha, conseguiu, mesmo com toda sua experiência política, perder para Vilma de Faria. Talvez esta relação mental seja estabelecida porque, naquele momento, “o” principal candidato ao mais cobiçado posto público do RN, deitou, como a gente costuma dizer, “sobre o resultado”. A vitória era, apenas, uma “questão de tempo” – bastava só apertar algumas mãos, sorrir em alguns momentos, viajar para alguns municípios e correr para o abraço. A conquista, conseqüentemente, estaria garantida.
Enquanto o candidato comemorava o seu retorno ao governo, o ensaio sobre a cegueira estava sendo escrito. Vilma de Faria, com a sua astúcia característica, tinha lançado as suas bases sociais silenciosas. E, na medida em que conseguiu adiar a derrota da cor vermelha no primeiro turno, possibilitou, naquele momento, impor o primeiro desastre eleitoral para um candidato que se orgulhava por nunca ter perdido um pleito.
Acho pouco provável que a candidata do partido dos democratas caia em tal armadilha. E se a perspectiva delineada para a eleição governamental traçada momentaneamente não se alterar, Rosalba Ciarlini, ao sentar na cadeira de governadora do RN, deverá também agradecer a estratégia estapafúrdia capitaneada pela deputada Fátima Bezerra, que, em 2008, conseguiu enfraquecer, enormemente, o grupo político do qual faz parte, ao impor, autoritariamente, sua candidatura à prefeita do município de Natal.
No entanto, como as pesquisas, se não forem bem analisadas, costumam muito mais cegar do que ensinar o verdadeiro caminho, faz-se necessário bastante cuidado para não trocar uma vitória, que se apresenta como uma questão tempo, por mais um desastre estratégico anunciado.
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