quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Rabo de palha
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Material escolar mais barato
Parabéns José Agripino.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
E a imprensa não era imperialista?
Cadê a imprensa?
não estou querendo afirmar que, necessariamente, o Henrique é culpado em seu envolvimento no caso do chamado "mensalão do DEM". Porém, o nome dele foi citado, há indícios de envolvimento e nossa imprensa se calou para o ocorrido. Preferiu noticiar sua bombastica festa de aniversário. Pode?
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Mengão campeão!!!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Cartel dos combustíveis
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/procon-natal-registra-aumento-no-preco-em-todos-os-combustiveis/133077
Curso de Jornalismo Prático: O manual do colunista
Do blog do sakamoto (http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/)
Agora que a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão caiu, o Blog do Sakamoto reforça o seu Curso de Jornalismo Prático. Já em sua terceira aula (a primeira e a segunda, sobre o Disk-Fonte: O Jornalismo Papagaio de Repetição, foram um sucesso), o Curso é elaborado em conjunto com amigos que são grandes repórteres e conhecem como ninguém o universo das redações. Para esta aula, um deles foi certeiro na análise do problema, criando um manual que será de grande utilidade aos recém-formados, mas também àqueles com mais quilometragem que querem “chegar lá”.
Quer virar colunista ou editorialista de jornalão impresso, de um telejornal noturno ou de uma revista semanal de grande circulação? Fácil. Basta seguir esse manual. Para cada tema polêmico da atualidade, há um repertório de cinco argumentos que devem ser repetidos ad nauseum, sem margem para hesitação. Pintou o tema, escolha um dos cinco argumentos abaixo e tasque na sua coluna. Se quiser, use mais de um. Você é a estrela.
Uma dica: para sua coluna parecer diversificada, democrática, procure colocar alguns dos argumentos abaixo na boca de “especialistas”. Veja a lista de nossos especialistas no Disk -Fonte e escolha livremente. Se já estiver na hora do fechamento e ninguém atender, ligue para o Demétrio Magnolli, pois esse está sempre à disposição e discorre sobre qualquer assunto. Ele é fera.
E atenção: não se preocupe se o seu concorrente direto anda usando exatamente esses mesmos argumentos há anos. Não importa também se quase todos esses argumentos já foram aniquilados pelos fatos. O importante, em todos os casos, não é citar fatos. O que conta é dar ênfase no argumento. Se você estiver apresentando um telejornal, faça cara de compenetrado. Se for uma coluna, um editorial, carregue no título.
Além da segurança, da facilidade e da comodidade, há várias outras razões para você usar esse manual: 1) você vai parecer erudito; 2) você vai gastar pouco tempo para fechar a coluna; e 3) seu texto irá repercutir muito bem junto ao dono do(a) jornal/revista/TV que você trabalha.
Ao manual:
Se o assunto é: Cotas nas universidades, ação afirmativa, Estatuto da Igualdade Racial
Seus argumentos devem ser:“Para a biologia, a raça humana é uma só. Logo, não faz sentido dividir as pessoas por raças”“A política de cotas é perigosa. Irá criar conflitos que não existem hoje no Brasil”“É uma ameaça à qualidade do ensino, pois os beneficiários não conseguirão acompanhar as aulas”“Essas iniciativas representam uma ameaça ao princípio de que todos são iguais perante a lei”“Cotas são ruins para os próprios negros, pois eles sempre se sentirão discriminados na faculdade”
Se o assunto é: Reforma agrária, MST, agricultura familiar
Seus argumentos devem ser:“Não faz mais sentido fazer reforma agrária no século 21”“O agronegócio é muito mais produtivo, eficiente, rentável, moderno e lucrativo”“O Fernando Henrique já fez a reforma agrária no Brasil”“Se você distribui lotes, o agricultor pega a terra e a vende para terceiros depois”“O MST é bandido”
Se o assunto é: Bolsa Família
Seus argumentos devem ser:“O pobre vai usar o dinheiro para comprar TV, geladeira, sofá e outros artigos de luxo”“O pobre não terá incentivo para trabalhar. Vai se acostumar na pobreza”“Não adianta dar o peixe, tem de ensinar a pescar”“O programa não tem porta de saída” (não tente explicar o que é isso)“O governo só sabe criar gastos”
Se o assunto é: Mortos e desaparecidos políticos, abertura de arquivos da ditadura, revisão da Lei de Anistia
Seus argumentos devem ser:“Não é hora de mexer nesse assunto”“A Anistia foi para todos. Valeu para os militares; valeu para os terroristas”“Não é hora de mexer nesse assunto”“A Anistia foi para todos. Valeu para os militares; valeu para os terroristas”“Não é hora de mexer nesse assunto”
Se o assunto é: Confecom, democratização da comunicação, classificação indicativa
Seus argumentos devem ser:“Qualquer regulamentação é ruim, o mercado regula”“É um atentado à liberdade de imprensa”“Querem acabar com o seu direito de escolha”“Já tentaram expulsar até o repórter do New York Times, sabia?”“A classificação indicativa é censura. Os pais é que têm que regular o que seus filhos assistem”
Se o assunto é:A política econômica
Seus argumentos devem ser:“O governo deveria aproveitar esse período de vacas gordas para fazer as reformas que o Brasil precisa, cortando custos”“Os gastos e a contratação de pessoal estão completamente fora de controle”“O país precisa fazer a lição de casa e cortar postos de trabalho”“Quem produz sofre muito com o Custo Brasil, é necessário cortar custos e investir em infra-estrutura”“Só dá certo porque é continuidade do governo FHC”
Se o assunto é:Trabalho e capital
Seus argumentos devem ser:“O que os sindicatos não entendem é que, nesta hora, todos têm que dar sua cota de sacrifício”“Os grevistas não pensam na população, apenas neles mesmos”“Sem uma reforma trabalhista que desonere o capital, o Brasil está fadado ao fracasso”“A CLT é uma amarra que impede a economia de crescer”“É um absurdo os sindicatos terem tanta liberdade”
Gripe suina X Carnatal: quem vem levando a melhor?
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A imprensa nacional e a sua apropriação seletiva da cobertura jornalística internacional
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Lula com síndrome de Fatima Bezerra
sábado, 21 de novembro de 2009
Natal pede mudança
Bernard Lahire em Natal
Deixa o cara namorar
Um elefante branco chamado papodromo
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
MAis um filho do FHC
Bingo eleitoral no RN
Porém, não há como negar. Isto é, sim, bingo eleitoral. Não há como enxergar algo de pedagógico nesta ação. Promover acao educativa é uma coisa. Sortear geladeira é outra ação completamente diferente. Já pensou se a moda pega?
Ridículo papel perpetrado pelo STF
O filme sobre lula e o jornalismo tapioca
Pergunto: qual empresa brasileira, dentre as 50 maiores, não têm nenhum negócio com o governo? Abaixo vai uma relação das maiores empresas privadas não-financeiras. Aponte uma que não tenha negócios com o governo. Aliás, pode incluir nesse pacote a Abril (que vende assinaturas e livros didáticos para o MEC), a Globo (através da Fundação Roberto Marinho e dos contratos de publicidade), a Folha (que recebe publicidade oficial, como os demais órgãos da imprensa).
Seria um furo se descobrisse algum grande grupo sem negócios com o governo.
Vale (Mineração), Usiminas (Siderúrgica), BrOi (Telecomunicações), Gerdau (Metalúrgica), CSN (Siderúrgica), CPFL (Energia), Braskem (Química), Redecard (Serviços), Embraer (Aviação), Votorantim (Vários).
Um engodo chamado refinaria Clara Camarão
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Collor 20 anos depois
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Paulo Vagner: um intelectual orgânico?!
Encontrei com um amigo e ele me disse que um aluno havia produzido uma "interessante" análise sobre o vereador do PV - Paulo Vagner. Segundo o estudo, Paulo Vagner se enquadraria no conceito de intelectual orgânico desenvolvido pelo pensador italiano Antônio Gramsci.
Já disse certa vez neste blog que o Paulo Vagner sofre um preconceito de classe. Porém, chamá-lo de intelectual orgânico representa um verdadeiro exagero. Uma tentativa esdrúxula de apresentar uma resposta a um problema novo, a partir de um modelo de análise forjado para pensar outras questões.
domingo, 15 de novembro de 2009
Imprensa esconde filho do FHC
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Um festival de horrores
http://www.portalseer.ufba.br/index.php/rfaced/article/viewFile/2848/2023
UMA PÓS-GRADUAÇÃO ASSOMBRADA PELOS DEMÔNIOS
A “Pós” foi completamente envolvida por forças estranhas, que, nem de longe, apresentam qualquer tipo de verossimilhança com a construção do conhecimento crítico e reflexivo. Sinceramente, não sei se isso sempre foi uma constante. Porém, aquele espaço configurou-se como um dos abrigos privilegiados para defensores da teologia da libertação, das virtudes do senso-comum e de atavismos políticos.
A separação entre fato e valor, conseqüentemente, entre ciência e política não pode ser vista por aquelas bandas. As palestras foram contaminadas por discussões enfadonhas acerca do neoliberalismo contido no governo Lula, pela grandiosidade do conhecimento daqueles que, por suas próprias condições sociais, vivem na maior ignorância e por medidas a serem tomadas com o intuito de salvar o mundo dos mais variados malfeitores. Muito maniqueísmo e pouca discussão séria. Padres, xamanistas e até macaco que, segundo alguns professores, consegue passar e-mail são chamados para apresentarem, digamos, uma visão “diferenciada” das ciências sociais.
Um fato específico ocorrido hoje é a maior expressão da inversão de valores que atravessa a principal agência fomentadora da produção sociológica no Rio Grande do Norte. Enquanto autores pouco representativos do mundo sociológico, e, alguns casos, até mesmo da forma de pensar cientifica, conheceram o estrelato aqui em Natal, criando inúmeras bases de pesquisa e obtendo uma venda significativa de suas idéias, Bernard Lahire, um dos principais renovadores contemporâneos da sociologia no mundo, deu uma interessante palestra para meia dúzia de gatos pingados.
O que era para ser uma exceção fruto da excentricidade de algum professor que não segue os trâmites do campo acadêmico, virou regra. O obscurantismo se fez presente. O ufanismo dos fins das fronteiras entre a ciência e o conhecimento pseudo-reflexivo tornou-se sinônimo de “liberdade de pensamento”. A pós é vigorosamente assombrada pelos demônios. O mais triste de tudo é ver que, aqueles que poderiam acender uma vela na escuridão, preferem, por questões políticas, não se meter no assunto.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Paulo Vagner: uma vítima do preconceito de classe
O jogo político em torno do apagão
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Pesquisa Vox Populi - Queda de Serra
Pesquisa do Vox Populi que acaba de ser divulgada pelo Jornal da Band mostra que José Serra lidera a corrida presidencial, seguido pela ministra Dilma Rousseff.
Serra passou de 40% para 36%.
Dilma passou de 15% para 19%.
Ciro passou de 12% para 13%.
Marina passou de 5% para 3%.
Heloisa Helena, incluída nessa pesquisa, apareceu com 6%.
A taxa de rejeição de Serra é de 11%, a de Dilma está em 12%.
Dos entrevistados, 55% estão longe de se decidir em quem vão votar.
A taxa de aprovação do presidente Lula passou de 65% para 68%.
A margem de erro é de + ou - 2,4%.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
A crise de legitimidade da economia de livre-mercado e o retorno do capitalismo regulado
No Brasil, 64% querem maior controle do governo na economia*
Brasil discute participação do Estado em áreas como o petróleo pré-sal
A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.
Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.
A insatisfação dos brasileiros com o capitalismo de livre mercado chamou a atenção dos pesquisadores, que qualificaram de “impressionante” os resultados do país.
“Não é que as pessoas digam, sem pensar, ‘sim, queremos que o governo regulamente mais a atividade das empresas’. No Brasil existe um clamor particular em relação a isso”, disse Steven Kull, o diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington.
O percentual de brasileiros que disseram que o capitalismo “tem muitos problemas e precisamos de um novo sistema econômico” (35%) foi maior que a média mundial (23%).
Enquanto isso, apenas 8% dos brasileiros opinaram que o sistema “funciona bem e mais regulação o tornaria menos eficiente”, contra 11% na média mundial.
CliqueFórum: O governo deve ter mais influência nas indústrias e negócios no Brasil?
Para outros 43% dos entrevistados brasileiros, o livre mercado “tem alguns problemas, que podem ser resolvidos através de mais regulação ou controle”. A média mundial foi de 51%.
“É uma expressão de grande insatisfação com o sistema e uma falta de confiança de que possa ser corrigido”, disse Kull.
“Ao mesmo tempo, não devemos entender que 35% dos brasileiros querem algum tipo de socialismo, esta pergunta não foi incluída. Mas os brasileiros estão tão insatisfeitos com o capitalismo que estão interessados em procurar alternativas.”
A pesquisa ouviu 835 entrevistados entre os dias 2 e 4 de julho, nas ruas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Globalização
O levantamento é divulgado em um momento em que o país discute a questão da presença estatal na economia.
Definir para que caixa vai a receita levantada com a exploração de recursos naturais importantes, como o petróleo da camada pré-sal, divide opiniões entre os que defendem mais e menos presença do governo no setor econômico.
Steven Kull avaliou que esta discussão não é apenas brasileira, mas latino-americana. Para ele, o continente está “mais à esquerda” em relação a outras regiões do mundo.
A pesquisa reflete o “giro para a esquerda” que o continente experimentou no fim da década de 1990, quando o modelo de abertura de mercado que se seguiu à queda do muro de Berlim e à dissolução da antiga União Soviética dava sinais de esgotamento.
Começando com a eleição de líderes como Hugo Chávez, na Venezuela, em 1998, o continente viu outros presidentes de esquerda chegarem ao poder, como o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).
Mas Kull disse não crer que o ceticismo dos brasileiros na pesquisa “seja necessariamente uma rejeição do processo de abertura dos anos 1990”.
“Vimos em pesquisas anteriores que os brasileiros não são os mais entusiasmados com a globalização”, disse.
“Eles ainda são bastante negativos em relação à globalização, e o que vemos aqui (nesta pesquisa) é mais o desejo de que o governo faça mais para mitigar os efeitos negativos dela, melhorar a distribuição de renda e colocar mais restrições à atividade das empresas.”
Mas ele ressalvou: “Lembre-se de que a resposta dominante aqui é que o capitalismo tem problemas, mas pode ser melhorado com reformas. A rejeição ao atual sistema econômico e à abertura econômica não é dominante, é que há um desejo maior de contrabalancear os efeitos disto”.
*Essa matéria foi extraída da edição online da BBC Brasil nesse endereço:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091109_pesquisa_bbc_muro_brasil_rw.shtml?s
domingo, 8 de novembro de 2009
O desencantamento do saber escolar
Quando olho boa parte de minha geração de amigos que compartilharam comigo a vida acadêmica, fico bastante desanimado com os desdobramentos que se apresentam no meu horizonte de futuro profissional. Muita entrega emocional, sonhos não realizados, muita frustração acumulada e bastante ressentimento, este último, justo em alguns casos exemplares.
É estranho ver colegas com grande competência cientifica não encontrarem hoje as condições favoráveis de realização das mesmas. Isso porque parece cada vez mais evidente a sobreposição da política mobilizada do campo em detrimento da lógica normativa do campo. Dessa maneira, os estudantes que seguem adiante sua trajetória acadêmica são os que melhor se ajustam aos jogos de poder e cinismo acadêmico. Muitas vezes, pouco compromissados com o espírito cientifico, mas completamente entregues às lutas políticas de seus mestres ou “padrinhos” por posições estratégicas na arquitetura de poder dos cursos de ensino superior.
Por sua vez, no que se refere aos estudantes com inclinações verdadeiramente cientificas, resta-lhes a depressão, o sentimento de mal-estar, o surto e a deriva social. Há algo de errado nisso tudo, pois assim como meus colegas, eu acreditava que a paixão incondicional pelo saber era uma virtude que se traduzia em ganhos, senão material, pelo menos, em termos de segurança ontológica. Eis que me sinto atualmente ludibriado com meus sonhos e ilusões acadêmicas. A paixão pelo saber continua forte e pulsante, mas a crença na legitimidade das instituições responsáveis pela formação intelectual, desabou como um castelo de cartas. Cartas marcadas, claro!
UMA QUESTÃO DE TEMPO OU MAIS UM DESASTRE ANUNCIADO?
Isto porque não é fácil reunir, de uma só vez, uma avaliação favorável, baixíssima rejeição, e, ainda de quebra, encontrar um cenário propício para a mudança das famílias que comumente figuram entre aquelas que preenchem os principais cargos do estado.
No entanto, a possibilidade de atingir o poder, como diria Platão, pode embriagar o postulante, gerando um certo tipo de “pretensão”, fazendo ruir o castelo de cartas que foi, aparentemente, meticulosamente construído.
Mesmo que o austríaco Joseph Schumpeter acredite que o aumento das elites políticas represente um alargamento democrático no âmbito do estado contemporâneo e que os cidadãos natalenses clamem, claramente, acho que por puro cansaço dos grupos políticos atualmente dominantes, por mudança, não é fácil cantar vitória muito antes do tempo.
Olho para a candidata representante da linda cidade de Mossoró e lembro-me da eleição para governador em 2006, quando, Garibaldi Alves, com uma eleição praticamente ganha, conseguiu, mesmo com toda sua experiência política, perder para Vilma de Faria. Talvez esta relação mental seja estabelecida porque, naquele momento, “o” principal candidato ao mais cobiçado posto público do RN, deitou, como a gente costuma dizer, “sobre o resultado”. A vitória era, apenas, uma “questão de tempo” – bastava só apertar algumas mãos, sorrir em alguns momentos, viajar para alguns municípios e correr para o abraço. A conquista, conseqüentemente, estaria garantida.
Enquanto o candidato comemorava o seu retorno ao governo, o ensaio sobre a cegueira estava sendo escrito. Vilma de Faria, com a sua astúcia característica, tinha lançado as suas bases sociais silenciosas. E, na medida em que conseguiu adiar a derrota da cor vermelha no primeiro turno, possibilitou, naquele momento, impor o primeiro desastre eleitoral para um candidato que se orgulhava por nunca ter perdido um pleito.
Acho pouco provável que a candidata do partido dos democratas caia em tal armadilha. E se a perspectiva delineada para a eleição governamental traçada momentaneamente não se alterar, Rosalba Ciarlini, ao sentar na cadeira de governadora do RN, deverá também agradecer a estratégia estapafúrdia capitaneada pela deputada Fátima Bezerra, que, em 2008, conseguiu enfraquecer, enormemente, o grupo político do qual faz parte, ao impor, autoritariamente, sua candidatura à prefeita do município de Natal.
No entanto, como as pesquisas, se não forem bem analisadas, costumam muito mais cegar do que ensinar o verdadeiro caminho, faz-se necessário bastante cuidado para não trocar uma vitória, que se apresenta como uma questão tempo, por mais um desastre estratégico anunciado.
sábado, 7 de novembro de 2009
Os formadores de uma opinião pública
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Ouvindo a música da morte...
Basta ir no youtube.com e procurar por "mozart requiem" ou Verdi requiem.... e apreciar...
Prestando serviço para a política
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Política na província
Edmilson Lopes Jr, para quem não o conhece, é uma das maiores cabeças pensantes de nossa cidade. Ele é sociólogo e professor da UFRN. Alimenta o blog: http://www.blogdoedmilsonlopes.blogspot.com/. Foi de lá que retirei o texto abaixo.
As nuvens passageiras da política na província
Arranjos e desenhos mil são construídos. Comentaristas em seus postos tentam vender a imagem de um jogo que seria tocado por "profissionais". E pesquisas e mais pesquisas tentar sondar as percepções, avaliações e tendências do eleitorado. Se você acompanha tudo pela imprensa local, é dessa forma, assemelhada ao desenlance de uma partida de futebol na narrativa de um daqueles bons locutores esportivos de outrora (cada vez mais raros, infelizmente, nos dias de hoje...), que vai lhe aparecer a disputa eleitoral para governador em 2010 no Rio Grande do Norte. Esse cenário, entretanto, só existe na cabeça de políticos, assessores e marqueteiros. Os eleitores potiguares, até o momento, estão a ignorar solenemente os salamaleques do campo político. Por isso mesmo, todo cuidado é pouco. Os cenários que agora são pintados, creio eu, não passam de nuvens passageiras...
sábado, 31 de outubro de 2009
Ignácio Ramonet: queda nas vendas dos jornais em todo o mundo
Viva o Youtube!
Estava sem som e passei a noite escutando tudo o que podia.... Mercedes Sosa, Queen e o Requiem de Mozart... Consegui encontrar tudo o que procurei!
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Economista explica porque os jovens não procuram se capacitar para um emprego melhor
cutrale grilou terras dos "pés de laranjas"
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Rompimento político na administração municipal
Venezuela no Mercosul
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Psiquiatria encontra a explicação para o mau humor
O mundo é uma mercadoria
Bancos de Wall Street inventam um novo jeito de ganhar dinheiro: apostar na morte das pessoas.
por Marcos Ricardo dos Santos
Eles já apostaram em quase tudo. Depois de negociar em ações e petróleo, resolveram especular com financiamentos imobiliários – e quase quebraram a economia global. Agora os bancos de Wall Street inventaram um novo jeito de tentar ganhar dinheiro: apostar na morte das pessoas. Eles pretendem criar um novo tipo de investimento, que está sendo apelidado de death bond – "título da morte", em inglês – e basicamente consiste no seguinte. Os bancos compram os seguros de vida de idosos e revendem para investidores. Aí, quanto mais rápido os velhinhos morrerem, maior o ganho dos investidores.
Por incrível que pareça, já existem pelo menos 9 bancos, entre eles gigantes como Goldman Sachs e Credit Suisse, interessados na novidade. E os envolvidos dizem que isso não tem nada de mais. "Não há nada de imoral em oferecer uma oportunidade aos idosos que estejam precisando de dinheiro", afirma Will Menezes, gerente da Life Insurance Settlement Association (associação de empresas que negociam seguros de vida nos EUA). Mas o novo negócio tem detalhes de arrepiar. Com os avanços da medicina, no futuro os idosos poderão viver mais – o que faria os investidores perder dinheiro. Por isso, os bancos pretendem selecionar pessoas com as mais variadas doenças. Acredita-se que os death bonds possam atrair US$ 160 bilhões em investimentos. Mas o governo dos EUA, cuja negligência com os bancos de investimento ajudou a detonar a crise econômica mundial, jura que está de olho neles – e acaba de formar uma comissão especial que vai fiscalizar os títulos da morte.
Rendimento macabro
Quanto antes o velhinho morrer, melhor.
O IDOSO
Para conseguir dinheiro, um homem (ou mulher) de 60 anos vende seu seguro de vida ao banco, que paga 40% do valor total da apólice – neste exemplo, US$ 400 mil*.
O APOSTADOR
O banco compra milhares desses seguros e agrupa em títulos financeiros (bonds), que são revendidos a investidores do mercado financeiro.
A MORTE
Agora, existem 3 possibilidades.
MORTE NA IDADE ESPERADA
Vinte anos depois, o idoso morre. O valor total do seguro, US$ 1 milhão, vai para o investidor. Ele lucra US$ 600 mil, ou 130% do que havia aplicado. Isso dá 6,5% de ganho por ano.
MORTE PREMATURA
O idoso morre após 5 anos. O investidor recebe o US$ 1 milhão do seguro. Seu lucro foi de 130% em apenas 5 anos – equivalente a 26% por ano de investimento. Uhu!
MORTE TARDIA O idoso vive mais 30 anos. Os 130% de lucro, divididos por 30, dão apenas 4,33% de rendimento por ano – menos do que o investidor teria ganho aplicando em outra coisa.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Expressão do desespero
"Jesus se aliar a Judas para fazer política soa como uma blasfêmia", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, após evento sobre pré-sal no instituto que leva seu nome. "Não foi isso que a gente aprendeu na escola, nas aulas de religião."
Diminuição da inadimplência dos cheques
Censura ao blog do Ailton
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O engodo da quebra dos municípios
Aprendendo a ler as pesquisas eleitorais
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
De Marco Aurélio para Gilmar Mendes
Nordeste: a nova locomotiva do Brasil
PT E PMDB: Um casamento anunciado?
Demissão de Thaisa Galvão do JH
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A miséria de ler jornais no RN
Às vezes me pergunto porque invisto parte do meu tempo diário, lendo os jornais locais. Talvez porque acredite, seguindo as pegadas do grande filosofo alemão Friedrich Nietzsche, que informação e conhecimento representam poder. Porém, o grande problema é que, para os jornais locais, salvo raríssimas exceções, informação parece não ser mais uma coisa muito relevante, se é que já foi um dia. Acredito que a análise de alguns cadernos tradicionais publicados pelos periódicos de nosso estado dará força aos meus argumentos.
O jornalismo político no RN, por exemplo, é uma negação. O que há é um "novelismo chinfrim", já que os personagens da política são pensados como atores de uma típica novela brasileira. Os jornalistas, ao mesmo tempo em que falam das supostas “articulações”, fazem de suas colunas um autêntico espaço de fofocas e de notícias plantadas, viabilizando interesses de terceiros e reforçando positivamente a imagem de seus comandantes. A verossimilhança das colunas políticas com a imagem de duas velhinhas conversando sobre a vida alheia não é mera coincidência. Coisa ridícula.
No entanto, o caderno cultural consegue, por incrível que pareça, se superar. A movimentação artístico-cultural de nossa cidade perde total espaço, já que é mais relevante mostrar fotos das festas “chiques” e de pessoas “representativas” de nossa “sociedade”. Os cadernos culturais poderiam se chamar, seguindo a moda dos sites que cobrem as festas da cidade, de www.opovinhosemgraca.com.br.
As páginas policiais, não deixando a péssima qualidade jornalística desaparecer, desempenham justamente as ações que não deveriam exercer. Assustam a população com matérias sensacionalistas, gerando um sentimento de pânico compartilhado. Muito sangue e pouca discussão.
Não podemos esquecer ainda do vazio caderno de economia e do ininteligível espaço destinado a discussão da “cidade”. Enquanto o primeiro é um arremedo do prestigiado Valor Econômico, o último é um conjunto de retalhos de informações desencontradas e sem um norte estabelecido.
Envio este desabafo, pois acredito, não sei se por ingenuidade ou por qualquer outra coisa, que o jornal deixará de publicar os “artigos” de alguns pseudo-escritores e de outros rapino-pensadores, para prestigiar a minha crítica, pois de tal modo, pelo menos uma vez, o meu tempo investido diariamente na leitura dos jornais locais ganhará sentido.
A Política e o efeito de curto-circuito da opnião pública pré-formada
Conforme entrevista publicada ontem no Portal Terra Magazine e repercutida na blogsfera, o deputado federal Rodrigo Maia – presidente nacional do DEM – parece está bastante preocupado com as dificuldades existentes em deslanchar a candidatura Serra ao Planalto. E já começa a cogitar o nome do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como o plano B da oposição na corrida presidencial de 2010. José Serra, certamente, deve está passando pelo seu inferno astral: O DEM de SP se estranhando com o PSDB paulista, particularmente, entre o grupo de Kassab e o de Alckmin; a incapacidade da oposição de produzir algum fato político sério suficiente para desestabilizar o governo Lula; o anuncio projetivo de que o país deve crescer a uma taxa superior de 4% no próximo ano; e agora, essa entrevista externando a insatisfação do DEM em relação aos rumos da candidatura presidencial de Serra. Para quem tinha dado como certa a vitória de José Serra em
sábado, 17 de outubro de 2009
Entrevista concedida para uma revista religiosa
Finalmente! Lina achou a agenda!
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
As desinteressantes conversas com PTistas
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Desmembramentos políticos de 2010
Só espero que agora a análise política não se resuma a conversas, idas e vindas de possíveis candidatos. A política, os jornalistas precisam entender, não pode ser resumida a isto.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Emocionante depoimento de Lula
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=19588&cpage=4#comment-210195
O tiro no pé do MST
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Implicações da ausência de oposição no meio jornalístico e político
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Caso Honduras
sábado, 26 de setembro de 2009
Flipa - Trapaça literária de PIPA
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Estranha estratégia da bancada da gestão municipal na câmara
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
A PESQUISA TEM QUE SEGUIR A REALIDADE, MAS NÃO A DO CENSO DO IBGE 2000
Como se sabe, há institutos vendendo muito mais do que informação e conhecimento. As pesquisas de opinião, modalidade em que também se enquadram às pesquisas eleitorais, vem sendo escancaradamente manipuladas. Os pesquisadores, levados pelos seus interesses financeiros e políticos, alteram a composição da amostra de maneira a privilegiar candidatos que tem forte aceitação numa camada da população, mas são pouco competitivos em outras classes. O “subterfúgio” metodológico é bem simples - se o candidato goza de força nas classes A e B, o instituto produz uma amostra de maneira à super dimensionar a representatividade desta população na pesquisa. Com isso, o político tem sua votação artificialmente inflada.
Mesmo não havendo consenso na literatura especializada sobre o poder de influência das sondagens no resultado eleitoral, é fato que os institutos de pesquisa precisam ser fiscalizados em suas atividades, coisa que os TRE´s já vem fazendo em período de campanha, obrigando os institutos a registrarem a metodologia seguida, o questionário aplicado e o comprador do levantamento no referido órgão antes de tornar a pesquisa pública.
Até aí tudo bem. O interessado em analisar os dados veiculados em um jornal, por exemplo, pode averiguar todo o processo de efetivação de uma sondagem no TRE e tirar suas próprias conclusões.
Porém, o senado passou do limite do aceitável. Vincular a produção da amostra aos parâmetros do universo pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traria conseqüências negativas, pois enviesaria todos os resultados das pesquisas eleitorais do ano que se avizinha.
A explicação é bem simples. O IBGE, se não me falhe a memória, teve seu último censo produzido em 2000. Os dados, neste sentido, se encontram claramente defasados. Por exemplo, o mercado de ensino universitário cresceu exponencialmente, gerando um grupo muito grande de pessoas formadas e pós-graduadas. Como equacionar, hoje, a quantidade de cidadãos que tem ensino fundamental, médio e/ou superior, a partir de um quadro de análise tomado de empréstimo do século XX? Além disso, com o crescimento econômico, as classes B e C também aumentaram bastante. O número de sujeitos que saíram da linha de pobreza foi grandioso. Os institutos produzirão, desta maneira, em 2010, seus levantamentos eleitorais, pesquisando uma quantidade X de eleitores menos abastados, que já não mais existem na proporção que eram caracterizados na virada do segundo para o terceiro milênio.
Seria possível seguir os dados oficiais dos TRE´s no que diz respeito, apenas, ao sexo e a idade, já que há uma atualização cadastral constante dos eleitores nestes dois critérios. Porém, não seria possível afirmar o mesmo sobre as variáveis de renda e grau de instrução, o que obrigaria a levar em consideração o censo ultrapassado. Normatizar, portanto, as pesquisas eleitorais a serem aplicadas em 2010, pensando em 2000 é um total contra-senso.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Nossa imprensa
sábado, 12 de setembro de 2009
Melô do transporte público municipal
Para ir e vir sem qualidade,
Para andar feito batata; pela
cidade!!!!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Pesquisa de opinião e participação política
Os resultados trazidos pelas sondagens podem ser fantásticos – entrevistando poucas pessoas retiradas de uma grande população, a pesquisa consegue apresentar um resultado bastante satisfatório. Com isso, pode-se investigar os anseios da sociedade no que diz respeito à constituição de políticas públicas, suas intenções eleitorais, mercadológicas, etc. Há, entretanto, muitas formas de enviesar – expressar de maneira tendenciosa e não imparcial – o resultado de uma pesquisa de opinião. Apresentaremos as duas principais – alterando o perfil amostral e construindo de modo parcial as questões contidas no questionário.
Primeiro, uma pesquisa de avaliação pode ser alterada em seus resultados, através do viés atribuído na construção do perfil amostral para investigar uma determinada comunidade. Por exemplo, vamos imaginar que um instituto é contratado para averiguar o índice de aprovação de um gestor municipal. O prefeito, sabendo que tem alta aprovação apenas nas classes A e B, pede para que o instituto dê uma “atenção especial” a estes estratos no momento da pesquisa. O grande problema para o gestor é que, naquela população, as classes A e B só representam 20% dos moradores da cidade. Enquanto isso, 80% dos moradores se enquadram nas classes C, D e E.
Se o perfil amostral for constituído de modo imparcial, então, ele deve respeitar os 20% da representatividade das classes A e B. Portanto, 20% dos entrevistados deverão ser oriundos destas classes. No entanto, o pesquisador, preocupado em agir politicamente e desrespeitando a sua função social, constrói sua amostra de maneira a interrogar 40% dos membros das camadas mais elevadas economicamente da sociedade. Desta forma, o gestor terá uma avaliação municipal mais elevada do que, de fato, ele goza em seu município.
Segundo, outro meio bastante comum de ir de encontro aos preceitos éticos das pesquisas de opinião é retirar o quantum de imparcialidade que uma pergunta estabelecida por um questionário deve ter. Vamos, mais uma vez, utilizar o exemplo de uma pesquisa de opinião, que diga respeito à avaliação de governo.
O gestor, enquanto figura individual, desfruta de grande prestígio junto à sociedade. No entanto, sua administração não é bem vista pelos cidadãos. Pensando nisso, o governador, ao encomendar uma pesquisa de opinião, solicita que a pergunta seja feita da seguinte maneira: “como o (a) Sr (a) avalia a gestão de Fulano de Tal”. Com isso, ao atribuir maior ênfase à figura do administrador enquanto pessoa, a sua atuação enquanto líder do seu governo fica relegada a um segundo plano.
No caso de acontecer o contrário – uma má avaliação do gestor enquanto pessoa, por problemas de relacionamento com o cônjuge e/ou qualquer outro motivo –, mas uma boa imagem de sua prefeitura, o instituto pode ser “orientado” a fazer a pergunta da seguinte maneira: “Como o (a) Sr (a) avalia a gestão da prefeitura do seu município?”.
Pode-se constatar que, em um exemplo, a ênfase da pergunta é direcionada para a imagem do político, escondendo a sua administração como tal; e, no segundo momento, a questão se centraliza na gestão, deixando a imagem individual do líder intocada.
Assim, tanto na elaboração desequilibrada da pergunta, como também na composição da amostra de modo enviesado, o instituto, fechando os olhos para a sua função social de geração imparcial de informação, pode lançar uma nuvem de poeira diante dos cidadãos. É importante, portanto, que os cidadãos fiquem atentos a estes procedimentos e saibam constatar a seriedade ou não das pesquisas, exercitando sua reflexividade de escolha de modo mais significativo.